quinta-feira, 21 de junho de 2007

Algumas reflexões sobre a eficácia de laptops em sala de aula

Ao ler a matéria publicada no Jornal Folha de São Paulo, em 06 de maio de 2007, cujo o título é “Escolas questionam eficácia de laptops” (exclusivo para assinantes da Folha de São Paulo), fica visível que até hoje há uma grande desigualdade econômica, de acesso, de maturidade, de motivação das pessoas. Alguns estão preparados para a mudança, outros não.

Professores por encarar com desconfiança e resistência a introdução de inovações tecnológicas em suas práticas, em geral reagem negativamente à mudança, eles não estão habituados a partilhar suas responsabilidades e metodologias com outros colegas e ainda menos com profissionais de outras áreas. Para superar este obstáculo, o professor terá de sair da solidão acadêmica e aprender a trabalhar em equipe, onde a comunicação interpessoal é importante, ele precisará se entrosar mais com o aluno para ajudá-lo a traçar caminhos para que o laptop não seja mais uma mera distração sem construir conhecimentos educacionais.

O professor é essencial em todos os níveis do processo educativo. É ele quem vai mediar as informações entre a máquina, o material e seu aprendiz, também deve ser capaz de acompanhar e orientar todas as fases da produção de uma unidade de curso, o que traz uma nova dimensão ao seu exercício profissional, pois o professor, tradicionalmente, não elabora materiais didáticos.

O papel do professor merece destaque nos contextos educacionais, conforme defendem educadores renomados tais como Paulo Freire (1997), quando afirma: “Autonomia é a capacidade e a liberdade do aprendiz de construir e reconstruir o que lhe é ensinado”. Freire não ignora a importância do professor, cujo papel, em sua visão, não é o de transmitir conhecimento, mas o de criar possibilidades para que os alunos produzam ou construam seu próprio conhecimento.

A presença dos laptops permite também a divulgação de novas modalidades de uso do computador na educação como ferramenta no auxílio de resolução de problemas, na produção de textos e controle de processos em tempo real. O computador passou a assumir um papel fundamental de complementação, de aperfeiçoamento e de possível mudança na qualidade da educação.

A mera existência e uso de qualquer avanço tecnológico por si só tem pouca relevância em um processo de mudança em educação que, como ponderei anteriormente, é um processo complexo pelos motivos de desigualdades, mas com força de vontade e ferramentas corretas conseguiremos atingir nossos objetivos apesar dos obstáculos.

Autor(a): Anita Akemi Tadano Viana (membro da Equipe Mov.E).

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