segunda-feira, 4 de junho de 2007

Brasil fará 1ª compra de laptop educacional em licitação para 150 mil unidades

Expectativa é que os modelos cheguem ao País no início do ano letivo de 2008, depois de licitação que pode envolver até 30 milhões de dólares.

O governo federal prepara uma licitação internacional, que deve ser lançada no início do segundo semestre, para adquirir 150 mil laptops de uso educacional, dentro do projeto batizado no Brasil de Um Computador por Criança (UCA), mas que mundialmente é conhecido por One Laptop per Child (OLPC).

Segundo o assessor especial da Presidência da República, Cezar Alvarez, que recentemente passou a coordenar os projetos de inclusão digital do governo, a idéia de promover uma licitação internacional surgiu para dar oportunidade para que qualquer companhia participe. O governo admite, inclusive, que as máquinas sejam importadas porque sabe que não haverá tempo hábil para produção local.

Alvarez, que participa do 51º Painel Telebrasil, afirmou que tanto o modelo idealizado pelo pesquisador Nicholas Negroponte, do MIT, assim como o Classmate da Intel e o modelo que nascerá da parceria entre a brasileira RF Telavo e a indiana Encore já manifestaram interesse de participar.

O governo pretende pagar "cerca de 200 dólares" por máquina, de acordo com Alvarez, o que vai levar a licitação a um total em torno de 30 milhões de dólares.

O assunto começou a ser discutido no Fórum Mundial de Davos, no início do ano passado, quando o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, foi apresentado ao projeto idealizado por Negroponte. Hoje, algumas escolas já testam o equipamento, como um colégio estadual de Porto Alegre que recebeu 100 máquinas e as distribuiu entre alunos da 4ª e da 8ª séries, trabalho coordenado pela Laboratório de Estudos Cognitivos (LEC), ligado à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

O governo admite que, apesar de se tratar da primeira compra efetiva, "vai ser um grande piloto" porque é a partir da experiência com essas 150 mil máquinas que o País vai avaliar a viabilidade de estender os equipamentos ao total de 52 milhões de alunos existentes na rede pública hoje, entre nível fundamental e médio.

Autor(a): Taís Fuoco (a jornalista viajou a Costa do Sauípe/BA a convite da Brasil Telecom)

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